O traçado como vetor econômico nas obras rodoviárias
A otimização de traçado rodoviário é uma das etapas mais estratégicas no desenvolvimento de obras de infraestrutura.
Mais do que alinhar curvas, rampas e cotas, trata-se de definir a economia e a previsibilidade de um contrato de concessão.
Com margens cada vez mais ajustadas e exigência de performance técnica crescente, concessionárias que investem em engenharia consultiva têm conseguido reduzir custos diretos de execução e aumentar a confiabilidade do cronograma, mitigando riscos desde a concepção do projeto.
Na IBR Engenharia, essa abordagem é aplicada de forma multidisciplinar, unindo topografia, geotecnia, drenagem e pavimentação em um modelo de análise integrada que identifica as melhores soluções para cada trecho.
Equilíbrio de massas: o coração da eficiência construtiva
Em obras de rodovias, o custo da movimentação de terra pode representar até 30% do investimento total.
O conceito de equilíbrio de massas — ou seja, manter cortes e aterros em proporção equilibrada — é essencial para reduzir transporte, consumo de combustível e desgaste de equipamentos.
Dica técnica da IBR: cada 10% de melhoria no equilíbrio de massas pode representar até 5% de economia no custo total de execução.
Nos projetos gerenciados pela IBR Engenharia, o uso de modelagem digital de terreno (MDT) e análises volumétricas tridimensionais permite simular dezenas de alternativas antes da decisão final.
Essa metodologia garante a escolha do traçado mais econômico e executável, mantendo a integridade técnica e o desempenho geométrico exigido pelas normas do DNIT.
Modelagem digital e precisão planialtimétrica
A revolução digital na engenharia rodoviária mudou a forma de projetar.
Com tecnologias de BIM Infraestrutura, drones e softwares de simulação geotécnica, é possível visualizar o comportamento do terreno em tempo real e prever impactos construtivos com precisão milimétrica.
Essa integração permite alinhar o projeto geométrico às condicionantes reais do terreno, reduzindo retrabalhos, interferências e atrasos durante a execução.
Cada ajuste de cota ou curva é avaliado não apenas sob o ponto de vista técnico, mas também econômico e ambiental, refletindo uma visão de ciclo de vida do ativo (TCO – Total Cost of Ownership).
Visibilidade, conforto e segurança operacional
Um traçado eficiente também é sinônimo de rodovia segura e confortável.
O estudo de visibilidade e segurança operacional é indispensável em trechos com grande fluxo e velocidade, reduzindo acidentes e aumentando o desempenho operacional da concessão.
Curvas bem projetadas e rampas suavizadas impactam diretamente:
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No consumo de combustível dos veículos;
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Na durabilidade do pavimento;
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No nível de serviço e conforto do usuário.
Esses fatores se traduzem em redução de OPEX (custos operacionais) e maior rentabilidade para a concessionária ao longo do contrato.
Comparação de alternativas: o poder de decidir com dados
A escolha entre dois traçados possíveis é uma decisão de investimento.
Por isso, a IBR utiliza modelos multicritério que consideram simultaneamente aspectos técnicos, econômicos, ambientais e construtivos.
Entre os principais parâmetros avaliados estão:
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Volume total de movimentação de terra;
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Distância média de transporte;
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Custo estimado de drenagem e pavimento;
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Interferências e desapropriações;
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Tempo total de execução;
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Emissões associadas (CO₂eq).
“Cada metro de corte a menos é capital preservado. Cada curva melhor ajustada é um risco a menos para o investidor.”
— Tiago Perucchi, Diretor Técnico da IBR Engenharia
Essas análises permitem às concessionárias comparar cenários com base em dados objetivos, apoiando decisões de alta relevância financeira.
Integração entre disciplinas: previsibilidade como cultura
Projetos rodoviários complexos exigem sinergia entre especialidades.
Na metodologia da IBR, todas as disciplinas — topografia, drenagem, geotecnia, pavimentação e meio ambiente — trabalham de forma integrada desde o início.
Esse processo colaborativo garante que o traçado otimizado seja validado em múltiplas dimensões, reduzindo riscos de incompatibilidades e revisões em obra.
O resultado é menor tempo de execução, menor custo total e maior previsibilidade de entrega.
Indicadores de performance em projetos rodoviários
Para mensurar o ganho real de eficiência, a IBR adota KPIs específicos de otimização de traçado:
| Indicador | Descrição | Impacto médio |
|---|---|---|
| IEM (Índice de Equilíbrio de Massas) | Relação entre cortes e aterros | Redução de até 25% no volume transportado |
| Custo por m³ transportado | Eficiência logística | Economia de até 8% no CAPEX |
| Taxa de reaproveitamento de material | Sustentabilidade e eficiência | Reaproveitamento >70% |
| Ganho de prazo | Tempo economizado na execução | Até 15 dias em trechos críticos |
Esses indicadores fortalecem o controle técnico e financeiro do projeto, permitindo decisões embasadas e mensuráveis.
Case de Eficiência: Design-Build no FDOT
Um estudo interno conduzido pelo Departamento de Transportes da Flórida (FDOT) analisou o desempenho de contratos de 2008 a 2012, comparando o método tradicional de entrega de projetos (design-bid-build) com o método design-build. Foram avaliados contratos entre US$ 30 milhões e US$ 70 milhões, incluindo 11 contratos design-build e 47 contratos design-bid-build.
Em um projeto específico de US$ 55 milhões com duração prevista de 814 dias, o estudo identificou que a adoção do método design-build gerou economia total de US$ 6,4 milhões e redução de 656 dias no cronograma.
O estudo também destaca que o menor preço nem sempre representa o melhor valor. Muitas vezes, propostas de design-build incluem elementos inovadores que entregam valor adicional — como maior rapidez na execução, redução de custos futuros de manutenção e melhoria da segurança operacional — que não são refletidos apenas no preço inicial.
Além disso, em 42 projetos avaliados entre 2012 e 2014, 11 contratos foram concedidos a empresas design-build que não ofereceram a proposta mais barata, mas que incluíam características de projeto superiores ao mínimo aceitável, demonstrando que a inovação e a disposição de assumir riscos complementares podem gerar ganhos significativos em tempo, custo e qualidade.
Esse case reforça a importância de estratégias integradas de gerenciamento de projetos, mostrando como uma abordagem consultiva e inovadora — como a praticada pela IBR Engenharia — pode agregar valor real ao cliente, mitigando riscos e otimizando resultados.
Sustentabilidade e pegada de carbono
A otimização de traçado rodoviário também contribui para metas de sustentabilidade.
Menos movimentação de solo significa menor consumo de combustível e menos emissões de CO₂.
Em projetos recentes, a IBR reduziu em até 28% as emissões associadas à movimentação de terra, alinhando-se às diretrizes de ESG que já integram os indicadores de performance de diversas concessionárias.