Transformando o modo como projetamos, operamos e mantemos edifícios
Na mais recente edição do Conecta IBR, nossa colega Fernanda Werlich, arquiteta e urbanista, mestre em Gêmeos Digitais e Internet das Coisas no ambiente construído pela UFSC, compartilhou uma visão transformadora: o futuro da construção civil vai muito além de erguer estruturas — ele está em operar com inteligência.
Fernanda destacou como a integração entre BIM, IoT e Facilities Management (FM) vem revolucionando o ciclo de vida das edificações, tornando-as mais sustentáveis, seguras e eficientes.
“O gêmeo digital é a evolução natural do BIM. Ele transforma o modelo estático de projeto em um organismo vivo, alimentado por dados reais e conectado ao desempenho do edifício.” — Fernanda Werlich
Do BIM 7D ao Gêmeo Digital: a era da gestão contínua
Na metodologia BIM (Building Information Modeling), o 7D representa a operação e manutenção. É o ponto em que o modelo digital deixa de ser apenas uma ferramenta de projeto e se torna um instrumento de gestão predial.
Com a chegada dos Gêmeos Digitais, essa dimensão evolui: o modelo passa a receber dados em tempo real — de consumo energético, temperatura, vibração, fluxo de pessoas, entre outros — permitindo decisões proativas e manutenção preditiva.
Essa integração reduz custos operacionais, aumenta a vida útil dos ativos e melhora o conforto e a produtividade dos usuários.
Facilities Management: onde a operação se encontra com a engenharia
O Facilities Management (FM) é a espinha dorsal da operação inteligente. Ele conecta pessoas, processos e tecnologia para garantir o funcionamento eficiente dos edifícios e infraestruturas.
Na prática, significa gerenciar sistemas elétricos, hidráulicos, HVAC e de segurança com base em dados reais, integrando desempenho, conforto térmico, consumo energético e manutenção preventiva.
“Não precisamos esperar uma falha para agir — podemos prever e prevenir.” — Fernanda Werlich
Sustentabilidade e eficiência: o elo com o ESG
Os Gêmeos Digitais e o FM não são apenas ferramentas tecnológicas — são estratégias ESG aplicadas.
Eles viabilizam certificações ambientais (LEED, WELL, AQUA), edifícios Net Zero e a gestão inteligente de recursos naturais.
Estudos recentes mostram que sistemas monitorados por sensores e modelos digitais podem gerar economias de energia de até 30%, além de reduzir custos de manutenção e emissões de carbono.
Engenharia digital e o papel da IBR
Na IBR Engenharia, acreditamos que o futuro da construção é digital, integrado e orientado por dados.
Nossos projetos e parcerias seguem essa lógica: usar tecnologia para aumentar previsibilidade, reduzir riscos e agregar valor ao longo de todo o ciclo de vida do empreendimento.
Ao incorporar modelagem BIM, simulações e monitoramento inteligente, a engenharia se transforma em inteligência aplicada ao espaço construído — conectando o projeto à operação e o planejamento à sustentabilidade.
Conclusão: construir é só o começo
O Conecta IBR com Fernanda Werlich reforça que o grande salto da engenharia moderna não está apenas em projetar melhor, mas em gerir com precisão, antecipar problemas e criar ambientes responsivos.
O futuro das edificações será escrito por quem entender que dados também são matéria-prima da engenharia — e a IBR já fala fluentemente essa linguagem.