Sejam bem-vindos ao segundo episódio de “Grandes construções ao redor do Mundo” 🌎 Hoje vamos falar do Canal do Panamá, considerado uma das 7 Maravilhas do Mundo moderno, e uma das maiores obras de engenharia da história.
Com extensão de 82 km de comprimento, corta o Panamá ligando os oceanos Pacífico e Atlântico. É um marco da engenharia do século XX, criado para facilitar o comércio marítimo mundial, que hoje corresponde a 4% do comércio mundial. O canal permite que os navios evitem a longa rota do Cabo Horn em torno da ponta meridional da América do Sul, onde ventos fortes, correntes e icebergs fazem dessas águas uma das mais difíceis do mundo.
HISTÓRIA
O atalho era cobiçado desde o século XVI. No ano de 1821, o Panamá alcançou sua independência, já que o seu território era unido à Colômbia. Os EUA intervieram na região por causa de seu interesse no canal que era utilizado pelos americanos para ligar a costa oeste à costa leste, foi nesse período que o Panamá se separou de vez da Colômbia.
A França iniciou a construção do canal em 1881 e em 1903 os EUA assumiram a obra e controlaram o canal até 1999, quando a administração foi transferida para o Panamá, que hoje lucra até US$ 1,7 bilhão por ano com ele.
FUNCIONAMENTO
Para viajar, através dos lagos artificiais, do Oceano Atlântico ao Pacífico, os navios devem transpor uma diferença de altura de 26 metros. Os navios passam por três eclusas: Miraflores, Pedro Miguel e Gatun. Um sistema engenhoso abaixa os navios utilizando a gravidade. O tempo total de viagem pelo Canal do Panamá é de 8 a 10 horas, e mais de 14 mil navios fazem o percurso por ano. Pagam um pedágio alto (cerca de 100 mil euros), mas isso ainda é muito mais barato que contornar a América do Sul.
CURIOSIDADES
1. Já houve épocas nas quais existiam mais de 43 mil trabalhadores no local.
2. Muitos morreram de doenças como malária e febre amarela.
3. O primeiro navio a passar oficialmente pelo canal foi a embarcação S.S. Ancon.
4. O lago artificial Gatun Lake funciona como um reservatório que alimenta o canal com água pluvial e água da floresta vizinha.
5. Em 1928 o americano Richard Halliburton atravessou o local a nado com uma taxa de 36 centavos de dólar.