Expandir uma operação industrial é um dos movimentos estratégicos mais desafiadores — e, ao mesmo tempo, mais decisivos — na trajetória de qualquer empresa que busca competitividade e longevidade. A construção de uma nova fábrica, quando conduzida sem alinhamento técnico, previsibilidade e gestão profissional, pode se tornar um gargalo irreversível em custos, prazos, produtividade e qualidade.
Mas quando esse processo acontece com visão empreendedora, gerenciamento especializado e parcerias sólidas, ele se converte em um salto de transformação.
É exatamente isso que o case da Olsen Equipamentos Odontomédicos representa.
Ao lado da IBR Engenharia, que atuou com coordenação de projetos, metodologia BIM e gerenciamento completo da obra, a Olsen superou desafios, duplicou a escala da construção, manteve custos sob controle e ergueu uma das fábricas mais modernas de Santa Catarina — um marco que reforça a força da engenharia consultiva aplicada ao Gerenciamento de Obras Industriais.
Este artigo aprofunda a metodologia, as decisões, os aprendizados e os bastidores dessa jornada, trazendo insights valiosos para empresários e diretores que planejam novas unidades fabris ou ampliações industriais em qualquer região do Brasil.
1. O Gerenciamento de Obras Industriais na Prática: A Metodologia IBR
O papel da tecnologia BIM e o planejamento de curto a longo prazo
A construção da nova fábrica da Olsen começou como um projeto de 15.000 m². Em menos de um ano, o escopo evoluiu para 30.000 m², incorporando showroom, escritórios, áreas de produção altamente customizadas e soluções de sustentabilidade — sem comprometer o prazo ou a integridade técnica da obra.
Essa escalabilidade só foi possível por causa de uma premissa central da IBR Engenharia:
➡️ Planejamento multidisciplinar baseado em BIM (Modelagem da Informação da Construção)
A aplicação do BIM permitiu:
Rastrear interferências com precisão
Revisar o layout fabril em tempo real
Integrar arquitetura, civil, elétrica, hidráulica, PPCI e estruturas
Viabilizar decisões rápidas e embasadas
Adaptar a obra ao uso fabril e não o contrário
Com isso, a fábrica foi concebida como um “organismo vivo”, adaptável e orientado ao fluxo de produção da Olsen.
Controle de cronograma: planejamento de médio e curto prazo
Além do BIM, a IBR aplicou uma metodologia de:
Planejamento mestre (baseline)
Cronograma de médio prazo
Planejamento semanal (curto prazo)
Curva S físico-financeira
Monitoramento contínuo por indicadores
Esse conjunto permitiu alinhar:
Produtividade real da obra
Capacidade das equipes
Entregas dos fornecedores
Fluxo financeiro do cliente
O resultado? Tempo recorde, mesmo com aumentos de escopo e complexidade.
O desafio de entregar uma fábrica moderna em tempo recorde
O objetivo inicial era concluir a obra em 18 meses — uma meta ousada para uma indústria de porte médio. No caminho, o escopo dobrou, o terreno exigiu nova solução de engenharia e toda a gestão de fornecedores foi reposicionada.
Ainda assim:
✔ A obra foi concluída entre 23 e 24 meses, um marco para uma construção dessa escala
✔ O custo total permaneceu dentro do previsto, com apenas 8% de serviços adicionais
✔ Toda a obra foi executada com fornecedores catarinenses
✔ O cliente foi envolvido em decisões diárias, acelerando o processo
Nada disso seria possível sem um gerenciamento estruturado, profundo e presente.
2. Empreendedorismo Audacioso: As Lições de César Olsen
De sonhador a gigante: quase 50 anos de indústria
César Olsen resume sua trajetória de forma simples e verdadeira:
“A história da empresa se confunde com a minha vida.”
Ele iniciou com uma mala de ferramentas, prestando assistência técnica, sem formação universitária, mas com uma visão extraordinariamente prática.
Construir motos, automóveis, equipamentos médicos e soluções que o mercado não oferecia se tornou sua marca.
A expansão atual da fábrica — um investimento próximo a R$ 100 milhões — é a continuação do mesmo espírito ousado que o acompanhou por quase cinco décadas.
Ousadia em tempos de retração
Enquanto muitos empresários recuaram durante períodos de incerteza, César fez o oposto:
“Quando todo mundo recua, eu avanço.”
Ao invés de aguardar o cenário melhorar, decidiu:
Aumentar o tamanho da fábrica
Reposicionar o layout fabril
Acelerar investimentos
Preparar a empresa para o crescimento internacional
Esse é o tipo de decisão que separa empresas sobreviventes de empresas líderes.
A importância de ter um propósito local
Mesmo com uma alternativa atraente — montar sua fábrica na Flórida — César escolheu fazer o investimento em Palhoça/SC, guiado por propósito e relação com a comunidade.
Essa escolha:
Movimenta a economia local
Valoriza talentos catarinenses
Constrói legado para a região
Facilita gestão fabril e logística
Reforça cultura e identidade da marca
Empresas que entendem o papel do território em sua estratégia constroem raízes mais sólidas e crescimento mais sustentável.
3. A Revolução do Relacionamento com o Cliente na Obra
Cliente no canteiro: o segredo da decisão imediata
Um dos aspectos mais impressionantes do case Olsen é que o próprio César passou a acompanhar a obra diariamente.
Isso revolucionou:
Agilidade de decisões
Qualidade das análises
Alinhamento de expectativas
Velocidade das correções
Integração com o time da IBR
Sem intermediários, sem ruídos, sem atrasos.
A proximidade permitiu que dilemas complexos de engenharia fossem resolvidos em minutos, não em semanas.
César brinca:
“Foi a primeira obra em que o proprietário estava lá, amassando barro todos os dias.”
Essa presença mudou tudo.
Gestão democrática e a importância da voz do cliente
O estilo de decisão do César foi outro diferencial: ele sempre ouviu todas as pessoas envolvidas antes de definir o caminho — do engenheiro ao trabalhador da obra.
Esse modelo gerou:
Engajamento natural
Respeito mútuo
Tomada de decisão madura
Sentimento de coautoria
Confiança absoluta entre cliente e IBR
Quando gestão se combina com humanidade, o resultado aparece no concreto — literalmente.
4. A Gestão de Fornecedores como Vantagem Competitiva
Priorizando o ecossistema local: fornecedores 100% catarinenses
César determinou um objetivo claro:
“Quero 100% de empresas catarinenses.”
A IBR assumiu o desafio — e executou.
Mesmo quando o menor preço estava fora do estado, a prioridade permaneceu:
Valorizar o ecossistema local
Fortalecer a economia regional
Aumentar integração entre fornecedores
Facilitar logística e compatibilização técnica
O resultado foi superior em qualidade, velocidade e confiabilidade.
O poder do pagamento rápido
César definiu: fornecedores seriam pagos em cinco dias.
Sem burocracia. Sem atrasos. Sem incerteza.
Isso garantiu:
Menores custos em toda a cadeia
Comprometimento máximo dos fornecedores
Qualidade acima da média
Entregas pontuais
Fornecedores disputando espaço na obra
Fluxo financeiro saudável é um motor invisível que move a obra adiante.
Engajando equipes e valorizando trabalhadores
Um dos momentos mais marcantes do processo foi o reconhecimento constante aos profissionais da linha de frente.
César frequentemente reunia os trabalhadores simples — pedreiros, armadores, carpinteiros — e dizia:
“Vocês são os caras. Sem vocês nada aconteceria.”
Esse gesto criou:
Engajamento profundo
Responsabilidade compartilhada
Um clima humano e respeitoso
Um senso de missão comum
Obras não são erguidas apenas com técnica — mas com pessoas.
5. A Importância Fundamental da Gestão de Obras Especializada
O risco de construir sem gerenciamento profissional
César admitiu que, no início, tentou economizar no gerenciamento. Mas em suas palavras:
“Eu me arrependo dos primeiros dois meses. A gestão de obras é fundamental.”
Com a IBR conduzindo o processo, ele percebeu rapidamente:
Redução de custos
Aumento de eficiência
Eliminação de retrabalhos
Controle rigoroso de qualidade
Rastreabilidade completa das decisões
Sem uma gerenciadora especializada, obras desse porte podem se perder em atrasos, estouros de orçamento e incompatibilidades técnicas irreversíveis.
O tripé de sucesso: qualidade, prazo e economia de custo
A IBR aplicou seu modelo de gerenciamento integrado, garantindo:
1. Qualidade extrema
Padrões industriais e médicos aplicados desde o projeto até o acabamento final.
2. Prazo controlado
Mesmo com mudanças de escopo, o cronograma permaneceu firme.
3. Economia real
A obra foi concluída com apenas 8% de serviços adicionais — muito abaixo da média do setor.
Resultado final:
✔ uma fábrica de classe mundial
✔ construída com responsabilidade
✔ dentro do orçamento
✔ e pronta para triplicar a produção da Olsen
6. Conclusão: Uma Jornada de Engenharia, Coragem e Relacionamento
O case da nova fábrica da Olsen não é apenas uma obra bem-sucedida. Ele é um retrato do que acontece quando três pilares se encontraram:
1. Visão Empreendedora
A ousadia de investir em expansão mesmo em cenários adversos.
2. Gestão Profissional
A metodologia e o rigor técnico da IBR Engenharia garantindo previsibilidade, qualidade e assertividade.
3. Relacionamento Humanizado
Cliente presente, decisões transparentes e equipes trabalhando como um único time.
Esse é o tipo de gestão que constrói indústrias, fortalece territórios e prepara empresas para os próximos 50 anos.
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